quinta-feira, 31 de julho de 2008

Domingo


Lúgubre, enternecedora, amarga e desgostosa
Ó soturna tarde-noite de domingo
O pai de família trabalhador austero
Vê o futebol pela TV, despede-se dos familiares que almoçaram consigo e, angustiado, lamenta:
-Lá se vem mais uma semana chata aí ó

Se toda melancolia do mundo pudesse se cristalizar em um único dia
Esse dia seria o domingo
Mas não todo o domingo
Geralmente alegre, risonho, ensolarado e acolhedor
Mas sim a noite do domingo

Os carros, lentos, caminham em marcha fúnebre
Num comboio tristonho que os leva pra casa
O menino outrora feliz e enérgico se contagia com tanto descontentamento
-Mãnhê, por que todo mundo na rua tá com a cara tão fechada?
Meu filho, não há coisa mais melancólica que uma noite de domingo



ouvindo Radiohead - How to Disappear Completely

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Do's And Dont's With Babies











Mais aqui nesse site: http://www.c00lstuff.com/1133/Do_s_and_don_ts_with_babies/

Hahaha, have fun




ouvindo Kyuss - Supa Scoopa and Mighty Scoop

segunda-feira, 28 de julho de 2008

...And Information For All!

Esse blog não está fadado a ser, eternamente, um antro de bobagens, lorotas e factóides a meu respeito, informações pessoais que nobody gives a shit for e cuja quantidade dos que se importam ultrapassa a casa dos 3 dígitos. Aqui também é um espaço democrático, informativo e, cof cof, jornalísticmwhahaueaue

Therefore, aí vai um vídeo de terno para curtirem

Hu's On First eterno

"and it's not because you're black neither"




ouvindo Jeff Buckley - Dream Brother

sexta-feira, 25 de julho de 2008

I Just Don't Know What To Do With Myself

Depois do baque que é ler/tragar o texto enorme abaixo, mal sei o que colocar aqui. Minha cota de inspiração acabou. A fonte secou.

Moral irrefutável da história da carochinha: preciso ler mais livros que não sejam 1808, Páginas Ampliadas e esses ramdons recomendados por aí pelos professores de faculdade











ouvindo Portishead - Roads

terça-feira, 22 de julho de 2008

Look At Me, I'm A Potential Emo! part I

Change your heart
Look around you

Change your heart
It will astound you

I need your lovin'
Like the moonshine

Everybody's gotta learn sometimes













"Tamaê ok"




ouvindo, é claro, Beck - Everybody's Gotta Learn Sometimes

sábado, 19 de julho de 2008

Prefácio

pre.fá.cio masc.

  1. texto preliminar de apresentação, geralmente breve, escrito pelo autor ou por outrem, colocado no começo do livro, com explicações sobre seu conteúdo, objetivos ou sobre a pessoa do autor


Felipe Castro. Ah, o Cruz, sobrenome do pai que não posso esquecer. 18 anos recém-completados. Maioridade agora. E ele ainda mal desfrutou dela. Não dispõe de um possante 2.0 tampouco tem uma conta no banco. Por enquanto. Também não frequenta as feiras de sábado na Prestes Maia. Canceriano. Palmeirense doente. Natural de São Bernardo do Campo. Quer mudar-se pra São Paulo num futuro não muito distante. Amendoim. Pão Pullmann. Queijo minas. E porcarias enlatadas, embaladas, industrializadas, pra esquentar no microondas. Tudo que faz mal lhe conforta o âmago. Faz Jornalismo. Mal também. Na Metodista, primeiro ano. Definitivamente não é daqueles que gosta de encarar a vida de forma lírica, subjetiva como nas falas de um antigo trovador ao tomar seu café-da-manhã, distante e altamente poética como no filme de Cazuza onde cada resposta para as perguntas burocráticas do nossa rotina chata de cada dia eram respondidas com um solene verso de uma fina canção de Noel Rosa, Cartola ou Linkin' Park. Pelo contrário, é uma pessoa direta, precisa e, às vezes, até amarga. Não acredita que a vida seja como num filme de Begnini. Tampouco acha que vai sair dela como herói. Culpa da carência, haha. (...) Entende-se, por consenso geral, que trata-se de um cara agradável. Agradabilíssimol. O Felipe. Esse é o melhor adjetivo que achei para descrevê-lo. Até porque agradável soa agradável. É menos insinuante e agressivo do que ameno ou apático, e mais simpático que o próprio simpático que, veja só, invariavelmente denota uma simpatia forjada, falsa, não muito simpática aos olhos dos agradáveis de plantão. Também é responsável. Organizado. Burocraticamente previsível. Um eterno bitolado com causas inúteis do outside world como a epidemia de ebola ao sul da Birmânia ou até mesmo com o trânsito em São Paulo. Faria um post sobre isso. 15600 toques. Com paixão jornalística pulsante. Paixão essa que ela ainda está descobrindo. Paulatinamente. Tateando e sentindo na pele o que é. Por que é. O jornalismo. Entrou agora na faculdade. Já esboça vôos altos. Altos demais pros seus 1,74 cm e sua total irrelevância profissional. É um calouro. Um rookie. Garante que não vai com a cara do tal do Tim-Lopes'-risky-way-of-making-journalism. Ou seja, não arriscaria a vida pra salvar o mundo e prefere um viés mais comedido, pés-no-chão e, ao mesmo tempo, descarado, sarcástico. Pessimista enrustido. Um crítico de poltrona. Vergonhoso. Mas quem é ele pra trilhar um viés jornalístico se mal pagou a primeira mensalidade do próprio bolso? He wants to grow up and effectively become someone quite as fast as anyone else around

Felipe, o bárbaro, toca violão desde os 11 anos. Roque'n rou, bossa nova, mpb. Não é lá muito bom nisso mas aprecia música. Faz melhor com os ouvidos do que com os dedos. Toca Blackbird dos Beatles, aquela do Cazuza que era da novela e, vejamos, uma música clássica, de um compositor brasileiro erudito. Esqueceu o nome dela mas promete trazer até o fechamento desta edição. (Mas que jargão jornalístico!). Enfim, a bendita música erudita está no seu repertório de mão. Repertório porco, escasso, pobre, que reúne as únicas 3 músicas que ele consegue tocar e cantar até o fim com razoável competência. Acha um charme tocar violão. Opinião dele, do alto de sua deplorável intransigência. O infeliz mal imagina que sua inaptidão para tocar e cantar ao mesmo tempo tira 96,58% do próprio atrativo. Quem vai querer apreciar um indivíduo pegando o violão com destreza e solando mil coisas y pedacinhos de músicas desconhecidas se, ao botar o vozerio pra funcionar, seus dedos se perdem em meio às cordas e a coordenação motora pede colo, abano e um copo d'água? Que isso. (...) E suas habilidades? Dormir. Cantar. Ouvir. Lecionar. Ééé. Numébrinquedonão. Fica aí o mais novo professor de inglês na praça. Segura a marra. Nunca viajou pra fora do país, não tem experiência, sequer fez 18 anos, mal tem certificados da segunda língua nem corrompeu sua nova chefe com dinheiro que não tem. Simplesmente conseguiu a vaga. Em uma escola renomada até. Boa rapaz! Primeiro emprego REMUNERADO. São Mateus é longe pra cacete e vai ganhar um salário de miséria. Hahaha. Tudo pelo prazer de ensinar. E ver se aprende alguma coisa. Exercita a tal da independência. Uma total desconhecida, até então (...)

Se gaba de seu gosto musical, o que é justificável até. O rapaz quer ser jornalista musical um dia. Ele desconversa e diz que a música não tem "verdade" nem "mentira", não tem o completamente "ruim" nem o 100% "bom". Mas se pudesse escolher faria jornalismo musical. Sua ecleticidade é notável apesar de não abranger batidão, sertanejo, pagode e outros tipos rudimentares de música para vender no camelô da Marechal. Prefere perder-se em rótulos não tão amigáveis como stoner rock, krautrock e trip-hop. Não sai muito da gama de artistas moderadamente (ex-)alternativos como Eliott Smith, Radiohead, Beck Hansen, Talking Heads, Queens of the Stone Age. Ouve Chico Buarque e Mutantes, mostrando que valoriza o que temos por aqui. o/////// Pfffff...Se interessou por chorinho e bossa nova a partir do momento em que passou a tocar esse tipo de música com seu antigo professor de violão, o Valter. Figura. Desdenha do gosto musical de sua plebe, medíocre. Se pudesse escolher uma música antes de se enterrar, ela seria Lover, you should've come over de Jeff Buckley. Grande Buckley. Poeta dos anos 90. Recomenda com louvor. BUCKLEY, Jeff Buckley. Filho de Tim Buckley, outro songwriter de notável competência. Jeff, o filho, morreu afogado no rio Mississipi. Foi tirar um mergulho antes de gravar seu segundo álbum. Não voltou mais. A correnteza o levou. Mas deixou um legado pequeno, de apenas um disco, Grace, o suficiente para justificar certos endeusamentos escandalosos por parte de blogueiros de conhecimento extremamente discutível (...) Pensando bem, morrer afogado não é uma má idéia, vejam só. Apesar da agonia que deve trazer, morrer afogado soa meio romântico. Ainda mais quando nossa maior paixão dissolve-se na água como uma simples migalha de pão jogada aos peixes no lago em um dia ensolarado de pesca com o avô nas férias de julho opa me segura que senão eu não coloco mais virgula nessa bosta de insight poético que eu tô tentando desenvolver mas que não passou de um momento alcoolicamente alucinante haha piriri pororó Obs: baseado em fatos reais. Mas com uma margem de erro de 2 anos. Só pra constar. Voltando...

Felipe é cara de poucos amigos. Tem mais amigas do que amigos. Inclusive tem uma tendência maligna à se apaixonar por algumas delas, since 1998. Tradição. Hoje vê-se numa encruzilhada amorosa de nível hard. Very hard. E terrivelmente sigilosa. Daquele tipo de coisa que não compartilharia nem com a mãe. Mas que promete dar um fim em breve para não se complicar. FINISH HER! (...) É, ainda, terrivelmente paradoxal. Quando se sente bem em algum ambiente que ele julga agradável, quer logo bancar o líder. Não tem vocação mas gosta de chamar atenção. Palhaço. Attention whore. Mas é vergonhosamente tímido nas demais ocasiões. Aka todas as outras situações. O que compromete e muito com suas rarefeitas aproximações ao sexo oposto visando fornicação e reprodução SEM ESCRÚPULOS!

:3

Cansei de brincar de Alberto Caeiro. Aquele que vos escreve não é outra pessoa que não o próprio objeto de calúnias e difamações desse mesmo texto. Auto-difamações, no caso. Com a velha tática de usar um alter-ego em seu próprio blog (hahaha), pensei em canalizar meus pensamentos malucões, incluindo devaneios sentimentalóides e auto-críticas sacanas, mas o resultado final foi um belo de um tiro pela culatra, fazendo transparecer um misto de arrogância com frustração poética.

C%$#@& é muito ruim escrever em terceira pessoa


ouvindo Talking Heads - Air

Salut! Quoi de Neuf?

Mais um blog juvenil na rede. Pfff.. e eu aqui querendo dormir c%$#@$


Lá vem uma uma tonelada de posts egocentricamente detestáveis, bobagens estupidamente introspectivas, críticas musicais sem o menor embasamento teórico e tentativas frustadas de se estabelecer como - mais - um blogueiro-jornalista na web que não sabe o que diz, por onde começa e por que começa. Com essa história mal explicada de



blog?

Bonsoir!


ouvindo Radiohead - Where I End and You Begin