segunda-feira, 11 de agosto de 2008

MEU DEUS O AR QUE EU RESPIRO


Eu não tenho uma legião de leitores fiéis que acompanham o blog alucinadamente e cobram freqüência do autor. Longe disso. O que "tenho" são estimados amigos que compartilham a arte do blog e cujas obras-de-arte encontram-se na lista de recomendados no lado direito da tela. E esses, por força do destino, se comprometem a ler (em troca de pão e marshmallows) meus textos sujos e frios, seja porque nutrem alguma consideração por minha pessoa ou porque simplesmente o Blogger aponta quais sítios foram recentemente atualizados. E é de atualização que se vive o blog. Óbvio, c$%&#$! Então se, por acaso, alguma nobre alma notou essa lacuna de mais de 1 semana sem a graciosidade de meus posts, isso se deve a uma semana agitada, retombólica e extravagante que tive. [P1 - para pular meu momento RBD & introspective, vá p/ o P2] E que me manteve distante, ao menos por alguns dias, desse mundo predatório e narcoticamente viciante que se chama Internet (a.k.a. Orkut, seu heterônimo mais violento grrrrrrrraur). Semana maluca essa que contribuiu bastante no meu próprio processo de "desruralização"¹. Peguei mais metrô essa semana do que em 18 anos de Eu Tomei a maior chuva da minha vida (e da vida útil das minhas peças de roupa) na terça-feira, no trajeto Paulista-Rebouças-rua do Hospital das Clínicas-Teodoro Sampaio. Tudo pra entregar documentos pro estágio, sem antes me perder por lá. De praxe. Já no sábado, passei quase 12 horas - é coisa para c%#$% - nessa mesma região, dessa vez mais pros lados da Augusta e Gay Caneca, na companhia insubstituível de Crazy e Cauêzão. Muitas aventuras com uma turma do barulho. Guia do Mochileiro das Galáxias OI, hahaha. E eu quase pensando na self-prostituition para voltar para casa, quando encontro o Daniel. E, para não perder a viagem, antes dos bambinos chegarem, fiz um tour from roça por lá. Como um turista inglês, piracicabano ou acreano qualquer, passei na FNAC, Pq. Trianon, até Fundação Gazeta, lugares que sempre quis espiar mas nunca tive tempo nem disponibilidade para tal. Olhava curioso para tudo que rondava, tentando entender como as avenidas de São Bernardo são tão menos interessantes, grandiosas, exóticas. De onde eu venho, parque nenhum tem um dueto free de violencelo & violino. Não mesmo. Too cool for me. Faltou a máquina fotográfica pendurada no pescoço, o chapéu de pescador e a camisa florada, mas senti na pele a diferença de mundos. E eu vivo no reino dos bárbaros. Lógico que eu me comportava na mais perfeita discrição, sem dar margem para comentários fascistas. Me infiltrei como manda o figurino. Caipira enrustido é foda. Também experimentei o que é, talvez, estudar em período integral, ao encarar uma fodida (e desnecessária) dupla jornada na quarta-feira, comparecendo às aulas de manhã e de noite. Pra que? Agora sou aluno do noturno e..trabalhador. Comecei a trabalhar, me sinto cabra home agora, sinto a responsa pulsando na minha veia safena magna. Já dizia o glam Alice Cooper, sábio: "I'm eighteen, and I can do what I want". Opa. Mas percebi que lidar com adolescentes não é tão fácil quanto parece, numa sala de aula. Fui chamado de "senhor" pela primeira vez na vida, de uma forma pura e desconcertante mas que não fez o poder subir à cabeça. Haha. Por fim, descobri que São Mateus é mais agradável do que eu pensava e que existe jeito de se (tele)transportar de lá para outro canto da cidade que não seja Santo André.

[P2] Pronto, chega de cretinice, chega de diário de uma ninfeta. Back on track, achei que minha semana merecia algumas palavras aqui, mesmo que isso não compactue com minha desesperada tentativa de voltar o blog para a função puramente jornalística, haha. Mas logo descobri que copiar e colar notícias da Folha Online e comentá-las não é meu forte. Enfim, para não "ajornalisticar"² essa porra por inteiro, me comprometo, à partir dessa semana, a postar resenhas de álbuns que marcaram a história da música (?). Reviews de álbuns é algo pelo qual eu sempre tomei gosto. Seja lendo ou produzindo protótipos daquilo que pode vir a ser publicado mais tarde. Ou engavetado para sempre. Pelo menos de cultura (descartável) isso aqui não vai morrer.



Glossário (For a Blog)
desruralizar ¹ = tornar a pessoa mais urbana, um caipira quando descobre a cidade grande e aprende que a estação Ferrazópolis é mil cento e cinquenta vezes menor que a Luz.
ajornalisticar² = fazer predominar os textos típicos de meninas que lêem Capricho e assistem Malhação e querem contar a vida toda num blog, quando na verdade, o intuito do blogueiro é outro. Muito mais útil e coletivista.

E neologismo é coisa séria, bitch


ouvindo Television - Torn Curtain

4 comentários:

Anônimo disse...

Boa CastrÔ!

Olha velho!!! Não sei como pude ler todo este texto, mas li. Acho que foi pra saber o porquê de vc ter faltado nas aulas.

Foi então que pesquisando com o núcleo de fofocas da sala que eu descobri que vc saiu! Porra manoo!!
Volta ae!kkk


Gostou da Avenida Paulista eh? Aqui é cidade grande, meu querido!!! uaUHAuaUHHUaua.

Mano, vc eh foda.

E a sua iniciativa peculiar do blog é essencial. Eu quando comecei o GuIgO NewS tambem tive a idéia de que copiar e colar da Folha Online e do UOL não é fazer merda nenhuma. O Blog tem que ter a sua cara velho!
E é por isso que eu sou freqüentador do "exitpost" com orgulho e perco tempo lendo isso ae! uhaHUAhuAHUHUAA

Um abraço mano. E boa sorte ae na vida.

Luana Costa disse...

Ah, ufa! Terminei de ler seu texto totalmente expressivo e necessário nessa fase da vida. Crescendo e aprendendo e conhecendo e sabendo viver. É, as responsabilidades do cotidiano vão pesar demais na consciência de um frágil garotinho de 18 anos, mas te digo que é totalmente necessário e que, se saber lidar com isso, as coisas começam a dar certo para a gente! Tô me fodendo aos poucos com essa história toda de crescer e blá blá blá. Mas, como diz a minha quase velha mãe, "bem vindo (a) ao mundo dos adultos, meu (inha) querido (a)".

Tô aqui para dividir esses momentos. Para tentar aprendê-los com você, compartilhando com você. Sempre. Só porque é muito bom ter alguém que cuida, acalma e me chama de "meu amor".

Te amo muito senhor Felipe.
Mesmo. Por todos os dias da minha vida!

Anônimo disse...

partice do meu blog: http://deusemminhaalma.blogspot.com/

estou seguindo o seu fik com Deusbsb-mik789b-mik

Anônimo disse...

partice do meu blog: http://deusemminhaalma.blogspot.com/

estou seguindo o seu fik com Deus